A “proibição de soja” do Brasil desperta a controvérsia, os agricultores pedem levantamento e reivindicação de compensação

De acordo com um relatório de pesquisa do produtor de oleaginosas Abiove, quase 98% das fazendas afetadas pela proibição de soja do Brasil não podem limpar a terra para a agricultura. A proibição de soja como um acordo corporativo de vinte anos que visa proibir o cultivo de soja na floresta amazônica, os maiores comerciantes de alimentos do mundo, como ADM, Bunge e Cargill, prometem não comprar soja cultivada em terras limpas após 2008.

No entanto, os agricultores brasileiros intensificaram protestos contra a proibição nos últimos meses, dizendo que o acordo representa discriminação contra eles porque proíbe os agricultores de limpar mais de 20% de suas terras na região da Amazônia após 2008 para cultivar culturas de dinheiro. A nova pesquisa de Abiove mostra que, no estado de Mato Grosso, a maior região produtora de soja do Brasil, apenas 50 das 2.168 fazendas afetadas pela proibição obtiveram licenças de liberação do governo e outras 440 fazendas cortaram florestas que excedem a área permitida para ser liberada.
Os grupos de lobby dos agricultores dizem que o debate sobre a proibição da soja não é uma questão ambiental, mas uma questão competitiva. Eles acreditam que a proibição priva os produtores de soja do direito de vender seus produtos, violando a lei brasileira e a soberania nacional. Em 2024/25, o estado de Mato Grosso produziu quase um terço da produção total do Brasil, com o cultivo de soja no Estado atingindo 11,7 milhões de hectares, metade dos quais estão localizados em biomas sensíveis da Amazon. Atualmente, o acordo proíbe o cultivo de 614.500 hectares de soja, representando 5,25% da produção de soja em Mato Grosso.
Atualmente, os agricultores lobby em todo o país continuam pedindo o levantamento da proibição de soja e entraram com ações contra grandes empresas agrícolas (incluindo ADM, Bunge, Cargill etc.) por compensação por suas terras perdidas.