A CEO da Petrobras, Magda Chambriard, disse na quinta -feira que a empresa planeja transformar a África em uma área de desenvolvimento principal fora do Brasil. A Costa do Marfim priorizou a abertura de nove blocos de exploração offshore para a empresa, e a Nigéria, Angora e Namíbia também expressaram sua intenção de cooperar.
Chambriard enfatizou na entrevista: “Somos especialistas na borda leste do Brasil, e a região é semelhante à estrutura geológica da África. A ligação entre o Brasil e a África é clara e devemos entrar no mercado africano”. Essa estratégia marca o retorno da empresa depois de desinvestir os ativos locais para se concentrar no desenvolvimento do campo de petróleo do Brasil.
O plano de exploração africano entrou na fase de implementação. Em 2023, a Companhia adquiriu ações no campo petrolífero offshore da África do Sul e adquiriu interesses de capital em campos de petróleo de São e Principe no início de 2024. Apesar de ter perdido a energia total na oferta da Namíbia, a empresa ainda espera participar do desenvolvimento do campo Mopani.
No Brasil, a Petrobras enfrenta atrasos em licenças ambientais para a perfuração da floresta amazônica. A Chambriard deve concluir a aprovação de licenciamento no final de julho. Ao mesmo tempo, a empresa está ajustando seu plano estratégico para 2026-2030 e adotando medidas de controle de custos em resposta ao declínio nos preços do petróleo de Brent.
A empresa também retomará as operações em duas fábricas de fertilizantes brasileiras e procurará obter maior poder de tomada de decisão na Braskem. “Braskem é um ativo importante, mas a gerência existente não atende às nossas expectativas”, disse Chambriard.